Dominação
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Narrador
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Musa do Brasil

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Trama Adoradores das Trevas

29/7/2014, 14:18

Deste que o mundo é mundo o bem e o mal espalham-se de diferentes maneiras pelo mundo. Um não pode existir sem o outro, não porque são dependentes, mas porque o ser humano não é capaz de abraçar completamente o bem. Todavia são muito bons em mergulhar no mal.

Na Grécia antiga havia um templo em especial feito para o deus Hades que era considerado proibido para todos que se julgassem pessoas de bem. Era sabido que nenhum estranho que visitasse o lugar voltava, as únicas figuras vivas - ou pelo menos aparentavam ser - que perambulavam pelo local eram os sacerdotes e os seguidores escolhidos.

Diferente do comum esse templo não era sinuoso ou bem decorado, era mais como uma caverna com esculturas sombrias na entrada. Em seu interior apenas a luz das velas de chama roxa iluminavam o ambiente seco e mal cheiroso. Nem mesmo as potentes ervas perfumadas davam jeito na podridão do lugar.

Diante de uma estátua de Hades deitado em posição de repouso havia uma mesa cerimonial com muitas oferendas simples que eram depositadas diariamente. Em ocasiões especiais essa mesa se movia com um mecanismo avançado para a época e revelava uma entrada subterrânea, uma escada que descia por uns cinco metros até uma espécie de masmorra. Neste local estavam acorrentados às paredes muitos cadáveres em diferentes estados de decomposição e uma ou outra pessoa ainda com vida. No centro da masmorra uma espécie de banheira com outra mesa cerimonial no meio. O mármore branco no qual foram esculpidos tinha um tom rosado por conta das inúmeras vezes que o sangue foi lavado dali.

Este era o berço dos Thaani, adoradores da morte e das artes das trevas. Seus rituais macabros eram tão violentos que os iniciados constantemente passavam mal ou desmaiavam em seus primeiros momentos dentro da seita. Por conta disso eram obrigados a lacrar seu templo e sumir por meses frequentemente uma vez que aldeões que moravam perto juntavam-se para caçar os integrantes e parar os cultos. Por muito tempo os thaani ficaram sem poder praticar seus rituais até que o líder resolveu arriscar e convidou o líder da aldeia mais forte dos arredores para ingressar. O homem era conhecido por sua impetuosidade e sua falta de moral, acabou por encaixar-se perfeitamente entre eles. O líder thaani percebeu que muitos eram os homens poderosos que possuíam um perfil semelhante ao chefe da aldeia e rapidamente iniciou uma delicada diplomacia em busca de novos membros poderosos.

Foram necessários apenas três anos para que a seita, ainda secreta, deixasse de ser uma caverna obscura e se tornasse uma luxuosa masmorra abaixo do palácio do governante local. Assim como a influência do grupo aumentava seus feitos e conquistas seguiam o mesmo rumo. Logo os homens mais poderosos daquela região do mundo faziam parte dos Thaani.

Foi nessa ocasião que um conquistador encontrou-se com o general de um poderoso exército - que tinha muitos magos thaani entre eles - e convocou-os para uma batalha na qual ele tomaria algo que lhe pertencia. Apesar da falta de informação o general descobriu logo que tratava-se do Berilo de Helius, algo que não era realmente importante aos thaani uma vez que sua magia era exatamente oposta à dos solari. Contudo justamente este fato fez com que o homem aceitasse a aliança, queria por a prova os ensinamentos do grupo contra magos conhecidos por seu grande poder mágico.

A batalha foi difícil e as forças mágicas thaani e helita empatavam tanto em poder quanto em ferocidade, quando estes magos rivais se encontravam no campo era empate certo, os dois lados lutavam à exaustão até caírem. No final do combate os sobreviventes retiraram-se para seus templos sem nem esperar o conquistador, uma vez que seus serviços ali haviam terminado. Apesar do encontro entre as duas facções, thaani e helitas desde então ignoram-se e treinam até o dia em que acabarão por se encontrar em combate e definir de vez qual força é melhor.
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